JBS começa testes com caminhões 100% a biodiesel
Testes começam com veículos da montadora DAF que serão abastecidos com o biocombustível
A JBS anunciou na quarta-feira (01/11) que deu início a um projeto para introduzir em sua frota própria o uso de caminhões com 100% de biodiesel (B100). Os testes começam com três veículos da montadora DAF que serão abastecidos com o biocombustível produzido na unidade da JBS Biodiesel em Lins (SP).
Os caminhões do teste possuem cavalos mecânicos traçados 6 x 4 e com uma capacidade de transporte de 74 toneladas. Os veículos são originais de fábrica e trabalharão com dois semirreboques contêineres, sendo utilizados pela JBS Transportadora na rota logística entre Lins e o Porto de Santos (SP).
Segundo a companhia, os caminhões rodarão uma média 1,2 mil quilômetros por dia e os dados iniciais dos primeiros quilômetros rodados mostram que o consumo de combustível com o B100 está similar ao do diesel.
A JBS Biodiesel é uma das cinco maiores produtoras de biodiesel do Brasil, líder na produção do biocombustível a partir do sebo bovino. Com plantas localizadas em Lins, Mafra (SC) e Campo Verde (MT), atualmente, a capacidade instalada da companhia é de cerca de 720 milhões de litros por ano, montante que equivale a pouco mais de 10% do volume de 6,3 bilhões de litros produzido em 2022, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
“O biodiesel tem uma série de benefícios para o Brasil. Além de ser um energético mais limpo, contribuindo para reduzir a poluição nas grandes cidades, trata-se de um biocombustível que ajuda a reduzir a dependência de importação de diesel. Além disso, trata-se de um produto de alta qualidade, que não traz nenhum dano aos motores”, disse em nota Alexandre Pereira, diretor comercial da JBS Biodiesel. Ele ressaltou que o produto emite até 80% menos gás carbônico do que o diesel de fóssil.
No mercado, em geral, os caminhões operam com 12% de biodiesel misturados ao diesel (B12), após avanço de 2 pontos percentuais aprovado pelo governo federal neste ano. De acordo com o mandato em vigor, a previsão é chegar a 15% até 2026.
– matéria publicada originalmente no portal da Globo Rural